terça-feira, 2 de junho de 2009

Metades

Se eu pudesse por um momento ler sua mente
O que ela me diria?
Sou o amor da sua vida ou alguém que preenche seus vazios?
A ânsia em descobrir é tão grande quanto o medo da verdade.
Prendi-me tanto a esse dia, sentimento...
Busquei em mulheres vazias,
Em corpos vadios,
Bebedeiras sem fim.
Esse tal amor que toma por inteiro.
Agora olho para trás e vejo vazio...
E em seus olhos, dúvida.
O mal está em mim incrédulo
Ou você em outra freqüência?
Temo momentos de “verdades”
E sofro com vidas de “mentira”
Queria ter ainda os primitivos sensores
Os que diziam em off: “tudo vai ficar bem, vocês se amam.”
Onde eles se perderam?
Onde nos encontramos tão individuais?
Essa maldita separação na mente
Ego e ID
Odeio.
Odeio pensar que somos mais ou menos que amor..
Mas me sentiria um bosta sem respostas,
É sou confuso. “basket case”
Azar seu que me lê.
Ou meu que me levo a sério.
DEUS, só quero aquela velha fórmula:
Um amor, um filho e se puder um pouquinho de felicidade

7 comentários:

  1. Adorei, adorei.
    arrepiei-me toda, a cada verso um novo arrepio.
    "Um amor, um filho e se puder um pouquinho de felicidade"
    um filho é um amor, e o amor é a felicidade!
    Abraços, Eloisa!

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  2. Realmente este princípio de realidade é pior que qualquer droga... é pior que qualquer dor insatisfeita!
    Viver e querer ser suprido pelo outro nos faz perceber nossa FALTA...

    BELÍSSIMO TEXTO!

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  3. Eu li, li todo o post, mas a trecho que me chamou atenção foi: Temo momentos de “verdades”
    E sofro com vidas de “mentira”.
    Estava sem inspiração pra escrever, mas só essa frase já me fez começar outro post. Depois te digo o que saiu no final. :)

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  4. Já tava com saudade da emoção de suas palavras.

    Mais um lindo texto, mais um.

    Maravilhoso!

    Amei!

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  5. Me comove suas verdades,mesmo qndo tem som de mentira ou parece contada ao avesso do que é claro...sem sentido e rara nossa vida é nosso patrimonio...

    Abraços!

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  6. "As respostas são a má sorte das perguntas"
    Maurice Blanchot

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  7. Como se o outro fosse metadee somado a nós ficassemos inteiros.

    Ao longo da vida fui me fazendo inteira para quem sabe qdo o "outro inteiro chegar,sejamos apenas cumplices de uma historia.

    Assim...inteira não fica o vazio.

    è tão lindo tudo aqui que perdi o folego.

    Denise

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