Os olhos abrem com dificuldade
A luz desconhecida é cegante.
O ar falta aos pulmões
Um tapa faz derramar as primeiras lágrimas.
Está sujo, nu e exposto
Analisado da cabeça aos pés a procura de defeitos
O cheiro de éter entorpece
As muitas vozes assustam
Um colo de mulher acalma
Suas feições não reconhecidas, mas estranhamente cúmplices
Um homem e uma tesoura, sua voz é familiar
O corte é seco e dolorido
Vínculos do passado cortados a sua revelia
Transformação. Morte.
Agora é um individuo e não mais extensão
Está definitivamente só.
Chorando protesta
Mas não existe volta
A partir desse momento se torna uma marionete do destino.
E percebe tardiamente
Que à hora do nascimento será a metáfora de sua vida
A primeira morte ocorre logo ao nascer...
ResponderExcluirMuito bonito teu poema! (:
Como esta o andamento do livro?
Um Abraco da Elo!
Ah, P.C vem de Paulo Cesar?
Sera papai? *-*
ResponderExcluirEstou super contente por voce.
E agradeco as visitas, tambem adoro ler teus poemas!
Um beijao, futuro papai!
Olá, td bom?
ResponderExcluirDesculpe minha ausencia, mas fiquei uns dias sem internet, e entrei agora rapidamente aqui no trabalho, aí ja viu neh...
bom, acredito que amanha ja poderei passar normalmente para conferir as novidades por aqui e ler com calma...
Tirei um tempinho aqui e postei algo que precisava a um tempo, uma ENQUETE para a escolha do nome de meu blog, como sigo você, gostaria muito de sua colaboração, a enquete está como primeiro gadget ao lado direito do blog...
Qualquer coisa sugestões de nomes será mto bem vindas...
Agradeço desde o momento
bjão
Descreves o nascer e o morrer!
ResponderExcluirO que é o homem se não uma marionete do destino? não sabe para onde vai, para que e porque, não sabe como fica e onde fica, não sabe nada este ser humano medíocre.
Suas idéias insanas incitam meu paladar, pois adoro devorar a alma dos autores, estes que escrevem com os sentidos.
NAMASTÊ MEU CARO AMIGO.
Olá... Gostei daqui!
ResponderExcluirPoemas bem legais :)
Maravilha,do abraço que nos envolve e nos leva a adormecer o sono eterno....
ResponderExcluirParabens!
A passagem de um mundo para outro sempre é uma morte e uma ressurreição. Sempre é.
ResponderExcluirAinda assim, eu morrei só para ressuscitar e ficar mais perto da minha infância.
Você tem sensibilidade nas pontas dos dedos.
Um abraço
"Que à hora do nascimento será a metáfora de sua vida."
ResponderExcluirGostei do ângulo a que foi abordado o nascimento. Talvez ela seja idéia para aqueles que se consideram ou a vida os tornou um moribundo que não vê sentido algum na vida.
As vezes surtos disso, de me sentir inútil.
Andei olhando alguns comentários, está a escrever um livro?
Grande abraço.
Uau, meio profundo e sofrido esse poema. Mas gostei por tratar rapidamente com pocas palavras a passagem de uma pessoa até a chegada da morte.
ResponderExcluirlindo. ainda sem palavras que possam chegar aos pés do que acabei de ler
ResponderExcluirdolipo.blogspot.com