quarta-feira, 6 de maio de 2009

Fim

O primeiro corte raso e indolor
Um filete fino de sangue escorre
A carne lateja em espasmos
Outro gole, trago e lágrimas...
A mente turva cria imagens,
Diálogos mudos:
“Mãe estou machucado”
“Padre, isso é pecado?”
A lâmina troca de mão.
Hora da decisão final.
O segundo corte profundo,
Decido e dolorido.
O sangue esguicha.
Último gole generoso.
O corpo afunda na água.
Cigarro preso a mão imersa.
A banheira tomada de vermelho vívido,
Lembra um filme de Tarantino.
Sorriso sarcástico e fingido
A consciência some
A última frase de uma vida...
“Inferno, aqui vou eu.”

8 comentários:

  1. Meu ídolo!!!Nossa! poeta mesmo viu: é saber transformar frases em cenas instantaneas, sem perder a beleza, a emoção nas palavras!
    ****
    A peixinha tá tentando, vc sabe como é, acho que vc me entende, eu sinto por seus posts!O tempo, meu querido... esse é o melhor amigo de um coração desolado, e meu tempo já começou a contar=)
    Bjo grandee=**

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  2. Obg pelo comentário no meu blog. Li o seu poemaa e virei sua fã, fico honrada p vc ter dito q tenho talento. Amei o Blog!
    Sucesso!
    Bjs!

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  3. cara hoje minha linda vai receber esse poema show

    http://teoriadopensador.blogspot.com/2009/04/escolhas.html

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  4. vamos todos para o inferno!
    rsrsrs

    suas frases me atravessam a alma.

    abração.

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  5. Olá!Teus textos tbm são ótimos e o blog é mto legal!Parabéns!Fico feliz q meu texto te sirva de inspiração!Abraços!

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  6. Muito bom o poema, gostei mesmo!
    - Inferno, aqui vou eu..

    senti até arrepios. haha
    Abraços!

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