terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Inevitável

Divido entre metades conflitantes de mim.
Ando em círculos de fogo que acendi.
Vago sozinho entre lágrimas,
Com dores que eu mesmo causei.
Não tenho culpas, nem raivas... Nada
Somente a certeza do fim.
Sigo adiante sem metas,
Passeando inerte num mundo cão.
Sem alegrias perenes, vivo as efêmeras,
E calo consciente o grito salvador.
Fujo da luz e beleza cegantes,
Prefiro o tato à visão.
Caminho descalço sobre pedras,
Navalhando a carne para suprir tristezas.
Em devaneios me acho.
E entre copos e corpos, morro e renasço.
Até que Deus tenha piedade,
E decrete o definitivo ocaso.

5 comentários:

  1. Magnifica suas palavras
    Encontrei em seu espaço um recanto onde convivemos entre nossas emoções inconstantes e apenas conscientes do agora...
    Realmente tenho o prazer e a honra de ter entre meus companheiros nessa jornada de auto conhecimento um companheiro entre as torres do novo templo moderno dos signos malignos nas nuvens que nos cercam...

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  2. Adorei a poesia... e me identifiquei muito tb!!

    Gostei muito dessa parte: "Em devaneios me acho.E entre copos e corpos, morro e renasço."

    Essa sou eu,hehehe...


    Abraço!!

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  3. Saudações, antes de mais nada impõe-se elogiar sua e a descrição do espaço - PARABÉNS, gostei MUITO.

    Quanto ao post, renovo os elogios... É de um niilismo encantador. Continue a escrever seus gritos.

    Abraço.

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  4. muito bom, e olha q eu não gosto de versos.

    new post de Gabriella.

    Abraços

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