Acordei de madrugada suando frio
Os músculos se contraiam em espasmos involuntários
E aquela dor do corpo típica das crises de privação
Sim, estava sentindo falta da droga que me acalmava
Levantei cambaleante e acendi um cigarro
Tentava desesperadamente controlar o incontrolável
Sentei no parapeito da janela
E a calçada exercia um estranho magnetismo
Desviei o olhar e me afastei da tentação de pular
Precisava urgente de uma dose
Meu orgulho e vontade lutavam entre si
E só eu perdia essa batalha
Já sem forças sucumbi
Me arrastando cheguei ao telefone
Dedos trêmulos discavam automáticos
Aquele número maldito.
-Alô - ouvi sua voz inebriante
Uma onda me invadiu como por mágica
Não respondia temendo quebrar o encanto
Mais um alô e estava saciado
Deitado no chão frio, os olhos arregalados
Meu corpo pulsando e podia sentir plenamente
O coração batendo apaixonado
Então me assumi viciado....
Em você
Olá! Gostei muito do texto!
ResponderExcluirTem todos os elementos de uma boa narração!
Espero visitá-lo sempre, como espero uma visitinha sua em meu blog!
Um abraço!
Lindo!
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