terça-feira, 17 de março de 2009

Morte em vida

Transpassou num instante,
Como uma fecha flamejante,
E com uma dor lancinante,
Senti que ia morrer.

Pensei em qual Deus esfuziante
Eu ia rogar suplicante,
Para minha vida errante,
Continuar a viver.

Olhei calmo e silente,
E percebi inocente,
Que nada podia fazer.

Me deitei leniente,
Com o coração indolente,
E sorri do sonho de ser.

Não havia mais agonia
Era uma estranha alegria
De se fazer perceber.

E com louca euforia
Me entreguei a orgia
Entre a dor e o prazer;

9 comentários:

  1. Maravilhoso!

    De sua autoria?
    Se for parabéns ( assine seu nome!!)

    hehe... Vou voltar sempre e quando puder, passe no Urbanalhes e no Antiga astúcia... também gosto de escrever!

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  2. Um pouco de alietaração com cacofonia, interessante.

    E no leito de morte, quando nada ja mais vale, e estamos por conta própria, poderíamos então nos deliciar com esse ultimo alento, enquanto sentimos a dor do negrume?

    Gostei.

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  3. NOSSA! dentro de um discurso Lacaniano posso dizer "GOZEI"...

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  4. Fantastico! é teu?
    Esse "quem sou eu" ao lado direito, foi tu quem escreveu também?!
    Achei maravilhoso! haha
    Ah, e obrigada pelo comentário!
    Abraços, Eloisa.

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  5. Muito bom! Adorei as rimas, o final, tudo!!!
    Parabéns, continuarei visitando seu blog! =]

    http://cantodoescritor.blogspot.com/

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  6. realmente explêndido esses versos! se for seu, tens um talento enorme!!

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